O Amor é um sentimento extremamente abordado por pensadores, filósofos, artistas, poetas ou contadores de histórias. O Amor é algo que ainda hoje o ser humano não compreende totalmente, e menos ainda consegue aplicar. Uma das formas de procurar entender o que é essa força que faz o coração do Homem ultrapassar tudo e sacrificar-se pelo bem da pessoa amada é através de lendas.
Encontrei esta, que pertence aos índios Sioux da América do Norte, e que nos mostra um dos elementos - a meu ver - importante relacionado com o Amor. Apreciem e reflictam.
«Conta uma velha lenda dos índios Sioux, que uma vez, Touro Bravo, o mais valente e honrado de todos os jovens guerreiros, e Nuvem Azul, a filha do cacique, uma das mais formosas mulheres da tribo, chegaram de mãos dadas, até a tenda do velho feiticeiro da tribo:
— Nós nos amamos, e vamos nos casar — disse o jovem. — E nos amamos tanto que queremos um feitiço, um conselho, ou um talismã, alguma coisa que nos garanta que poderemos ficar sempre juntos, que nos assegure que estaremos um ao lado do outro até encontrarmos a morte. Há algo que possamos fazer?
E o velho, emocionado ao vê-los tão jovens, tão apaixonados e tão ansiosos por uma palavra, disse:
— Tem uma coisa a ser feita, mas é uma tarefa muito difícil e sacrificada... Tu, Nuvem Azul, deves escalar o monte a norte desta aldeia, e apenas com uma rede e as tuas mãos, deves caçar o falcão mais vigoroso do monte e trazê-lo aqui com vida, até ao terceiro dia depois da lua cheia. E tu, Touro Bravo — continuou o feiticeiro — deves escalar a montanha do trono, e lá em cima, encontrarás a mais brava de todas as águias, e somente com as tuas mãos e uma rede, deverás apanhá-la trazendo-a para mim, viva!
Os jovens abraçaram-se com ternura, e logo partiram para cumprir a missão recomendada. No dia estabelecido, à frente da tenda do feiticeiro, os dois esperavam com as aves dentro de um saco. O velho pediu que, com cuidado, as tirassem dos sacos e viu que eram verdadeiramente formosos exemplares...
— Agora — disse o feiticeiro, apanhem as aves e amarrem-nas entre si pelas patas com essas fitas de couro; quando as tiverem amarrado, soltem-nas, para que voem livres.
O guerreiro e a jovem fizeram o que lhes foi ordenado e soltaram os pássaros. A águia e o falcão tentaram voar, mas apenas conseguiram saltar pelo terreno. Minutos depois, irritadas pela incapacidade de voar, as aves arremessaram-se entre si, bicando-se até se magoarem. O velho disse:
— Jamais esqueçam o que estão a ver; este é o meu conselho: Vocês são como a águia e o falcão; se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, mais cedo ou mais tarde, começarão a magoar-se um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados
.»— Jamais esqueçam o que estão a ver; este é o meu conselho: Vocês são como a águia e o falcão; se estiverem amarrados um ao outro, ainda que por amor, não só viverão arrastando-se, como também, mais cedo ou mais tarde, começarão a magoar-se um ao outro. Se quiserem que o amor entre vocês perdure, voem juntos, mas jamais amarrados
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